segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Cardiocomunidade Integrativo - Um resumo da história

 


REABILITAÇÃO CARDÍACA INTEGRATIVA PARA POPULAÇÕES ESPECIAIS FASE IV

(CARDIOCOMUNIDADE INTEGRATIVO) - ÊNFASE NO REIKI

BARBOSA,V.A; LEANDRO,A. S.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

 

O PROJETO DE REABILITAÇÃO CARDÍACA INTEGRATIVO PARA POPULAÇÕES ESPECIAIS FASE IV, denominado CARDIOCOMUNIDADE INTEGRATIVO, foi criado acreditando-se que era necessário trabalhar o corpo na sua integralidade, ou seja, holístico, de forma integrativa considerando o indivíduo como um todo é não fragmentado.

O QUE É REABILITAÇÃO CARDÍACA E SUAS FASES?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a reabilitação cardiovascular é: “o conjunto de atividades necessárias para assegurar às pessoas com doenças cardiovasculares condição física, mental e social ótima, que lhes permita ocupar pelos seus próprios meios um lugar tão normal quanto seja possível na sociedade” (Diretriz sul Americana na prevenção e Reabilitação cardiovascular, 2014). Constituído por uma equipe multidisciplinar.

 

A Reabilitação Cardíaca (RC) está tradicionalmente dividida em 4 fases:

Fase I (aguda), que é o período de internação hospitalar; Fase II, período de convalescença, em ambiente domiciliar ou ambulatorial especializado; Fase III, denominada RC em fase crônica, a partir do terceiro mês pós-evento cardíaco e suas atividades são monitoradas: frequência cardíaca (FC), pressão arterial (PA), o ritmo cardíaco e a escala de percepção do nível de esforço de Borg por uma equipe integrativa. Fase IV constituída com pacientes que podem realizar atividades liberadas pelo médico sem monitorização ou sem supervisão. Em populações especiais, de acordo com as Diretriz sul Americana na prevenção e Reabilitação cardiovascular de 2014, a indicação de Reabilitação cardiovascular (RCV) neste tipo de paciente correspondem, em sua maioria, a doença coronária (pós-infarto do miocárdio, cirurgia de revascularização miocárdica, angioplastia, manejo médico de doença coronária, seguido de valvopatias, insuficiência cardíaca e cardiopatia congênita). Este grupo etário tem características próprias que geram algumas recomendações específicas adicionais, somadas às descritas em cada uma das patologias mencionadas.

 

COMO INICIOU O CARDIOCOMUNIDADE INTEGRATIVO FASE IV?

A 4ª fase da reabilitação cardíaca foi implantada pela fisioterapeuta e Professora de Educação Física, Dra. Viviane Acunha no HUSM-UFSM (Hospital Universitário de Santa Maria – Universidade Federal de Santa Maria), como pesquisa, evoluindo para extensão, ensino e criação da disciplina de Fisioterapia cardiovascular.

Iniciou pela Reabilitação Cardíaca fase III, na prevenção secundária, em 2005, como um projeto pioneiro em uma universidade pública, no interior do Rio Grande do Sul, seguindo pelas demais fases.

A reabilitação Cardíaca na prevenção primária na comunidade, começou com o projeto CARDIOCOMUNIDADE, o qual foi premiado pelo Proext-SESU em 2007, no bairro São José e bairros vinculados, com pacientes hipertensos, diabéticos, obesos, tabagistas e com síndrome metabólica.

Desta forma com tantos protocolos e atendimentos gerados no HUSM, o projeto de ensino, pesquisa e extensão em REABILITAÇÃO CARDICA FASE I, II E III, tornou-se um PROGRAMA denominado: REVICARDIO (PROGRAMA MULTIDISCIPLINAR DE REABILITAÇÃO CARDÍACA SECUNDÁRIA NAS DOENÇAS CARDIOVASCULARES), em 2007 no HUSM, fazendo parte do programa de desenvolvimento institucional (PDI) da UFSM e no PDI do HUSM, hoje incorporado pela EBESERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares).

Em 2014, para dar continuidade a Fase III do HUSM, foi retomado o trabalho na comunidade com um projeto de extensão, integrado a dez áreas de atuação, envolvidos no atendimento globalizado do paciente de forma voluntaria: enfermeiros, terapeutas ocupacionais, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, cardiologistas, arquivologistas, advogados, comunicadores (jornalistas e publicitários) e reikianos.

Assim surgiu o projeto CARDIOCOMUNIDADE INTEGRATIVO FASE IV (Projeto de Reabilitação Integrativo Cardiovascular em Populações Especiais na Comunidade - Fase IV), porem após a avaliação integrada, verificou-se que a maioria dos pacientes apresentavam sérios problemas de ansiedade e estresse, sendo, portanto, encaminhados primeiramente a atendimento psicológico, e/ou Reiki e a cinesioterapia passiva, para depois realizar as demais atividades propostas no projeto.

 

PORQUE A OPÇÃO DO REIKI, NA REABILITAÇÃO CARDÍACA (?

Em algumas culturas ou religiões define-se Reiki como “Espírito de vida”. Sendo assim, Reiki significa “Energia Vital Universal” (Potter, 2003). De acordo com Oschman, 2000, a energia vital universal asseguraria o estado de saúde dos indivíduos, através da imposição das mãos, e desta forma ativa, canaliza e equilibra o fluxo energético de determinados pontos localizados ao longo do corpo (chakras). O autor ainda relata que o Reiki é uma força vital e/ou uma energia espiritual inesgotável e universal, que pode ser usado para induzir um efeito curativo.

O Reiki no CARDIOCOMUNIDADE INTEGRATIVO FASE IV surgiu com a mestra Andrea dos Santos Leandro, por ser reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), e oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) como uma Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares o que possibilitou a sua integração no projeto junto a universidade contribuindo entre outros com harmonia e equilíbrio da energia vital dos pacientes cardiopatas.

 

COMO O REIKI PODE CONTRIBUIR COM O PACIENTE CORONARIOPATA?

 

O Reiki na RC é uma forma de tratamento energético nos coronariopatas com ou sem doenças associadas, que permite através do toque ou não das mãos, sobre o corpo, canalizar energias, equilibrando, alinhando os chakras e funcionando como um canal das "energias vitais universais". Favorecendo o bem-estar instantâneo e amenizando os sintomas de doenças físicas e mentais ao promover:  o alívio de dores crônicas; mais saúde mental através de técnicas com respiração e diminuição dos sintomas como estresse, ansiedade, insônia, contribuindo assim com mais tranquilidade, autoconfiança e alegria em pacientes cardiovasculares com ou sem doenças crônicas degenerativas. Após a aplicação do Reiki nos coronariopatas, suas atividades do dia a dia foram realizadas com mais segurança e equilíbrio gerando esperança para seguir em frente com a doença, mas vivê-la com saúde (Viviane Acunha). 

REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA.

CARPES, J. J. Fisioterapia e a saúde pública: um enfoque nos fisioterapeutas que atuam na rede municipal de serviços à saúde em Santa Maria. Monografia. Curso de Graduação em Fisioterapia, UFSM, RS/Brasil, 2006.

 Diretriz sul Americana na prevenção e Reabilitação cardiovascular. Arq Bras Cardiol 2014; 103(2Supl.1): 1-31

DORNELES, C. C; PRIESNITZ, C. V. Reabilitação Cardíaca Fase III á curto prazo como prevenção secundária em pacientes infartados no hospital Universitário de Santa Maria. Monografia. Curso de Graduação em Fisioterapia. UFSM, RS/Brasil, 2005.

 

GRESSANA,C;TRICHEZ, KV. REABILITAÇÃO CARDÍACA FASE II. Monografia. Curso de Graduação em Fisioterapia, UFSM, RS/Brasil, 2006.

 

MARQUES MR; GRESSANA, C.; Dias; Favretto; Viviane; BARBOSA, VA. . Reabilitação Cardíaca Secundaria nas doenças cardiovasculares -REVICARDIO. In: Congresso de Cardiologia do Rio de Janeiro, 2009, Rio de Janeiro. SOCERJ, 2009.

 

OSCHMAN, J.L. Energy medicine:  The scientific basis of bioenergy therapies. Philadelphia, PA: Churchill Livingstone. 2000

 

POTTER, P. What are the distinctions between Reiki and therapeutic touch? Clinical journal of oncology nursing, 7(1), 89-91. 2003.

 

ROVER, C.M; DE oliveira, N.V. REABILITAÇÃO CARDÍACA FASE I-Fisioterapia

Respiratória e Motora no pré e pós operatório de Cirurgia Cardíaca Valvular. Monografia. Curso de Graduação em Fisioterapia, UFSM, RS/Brasil, 2006.

 

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. Diretriz de reabilitação cardiopulmonar e metabólica: aspectos práticos e responsabilidades. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 86, n. 1, jan. 2006.

Cardiocomunidade Integrativo - Um resumo da história

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