REABILITAÇÃO CARDÍACA
INTEGRATIVA PARA POPULAÇÕES ESPECIAIS FASE IV
(CARDIOCOMUNIDADE
INTEGRATIVO) - ÊNFASE NO REIKI
BARBOSA,V.A; LEANDRO,A. S.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
O PROJETO DE
REABILITAÇÃO CARDÍACA INTEGRATIVO PARA POPULAÇÕES ESPECIAIS FASE IV, denominado CARDIOCOMUNIDADE INTEGRATIVO, foi criado
acreditando-se que era necessário trabalhar o corpo na sua integralidade, ou
seja, holístico, de forma integrativa considerando o indivíduo como um todo é
não fragmentado.
O QUE É REABILITAÇÃO
CARDÍACA E SUAS FASES?
De acordo com a Organização
Mundial da Saúde (OMS), a reabilitação cardiovascular é: “o conjunto de
atividades necessárias para assegurar às pessoas com doenças cardiovasculares
condição física, mental e social ótima, que lhes permita ocupar pelos seus
próprios meios um lugar tão normal quanto seja possível na sociedade” (Diretriz
sul Americana na prevenção e Reabilitação cardiovascular, 2014). Constituído
por uma equipe multidisciplinar.
A
Reabilitação Cardíaca (RC) está
tradicionalmente dividida em 4 fases:
Fase I (aguda), que é o período de internação
hospitalar; Fase II, período de
convalescença, em ambiente domiciliar ou ambulatorial especializado; Fase III, denominada RC em fase
crônica, a partir do terceiro mês pós-evento cardíaco e suas atividades são
monitoradas: frequência cardíaca (FC), pressão arterial (PA), o ritmo cardíaco e a escala
de percepção do nível de esforço de Borg por
uma equipe integrativa. Fase IV
constituída com pacientes que podem realizar atividades liberadas pelo médico
sem monitorização ou sem supervisão. Em populações especiais, de acordo com as Diretriz
sul Americana na prevenção e Reabilitação cardiovascular de 2014, a indicação
de Reabilitação cardiovascular (RCV) neste tipo de paciente correspondem, em
sua maioria, a doença coronária (pós-infarto do miocárdio, cirurgia de
revascularização miocárdica, angioplastia, manejo médico de doença coronária,
seguido de valvopatias, insuficiência cardíaca e cardiopatia congênita). Este
grupo etário tem características próprias que geram algumas recomendações
específicas adicionais, somadas às descritas em cada uma das patologias
mencionadas.
COMO INICIOU O
CARDIOCOMUNIDADE INTEGRATIVO FASE IV?
A
4ª fase da reabilitação cardíaca foi
implantada pela fisioterapeuta e
Professora de Educação Física, Dra.
Viviane Acunha no HUSM-UFSM (Hospital Universitário de Santa Maria –
Universidade Federal de Santa Maria), como pesquisa, evoluindo para extensão,
ensino e criação da disciplina de Fisioterapia cardiovascular.
Iniciou
pela Reabilitação Cardíaca fase III, na prevenção
secundária, em 2005, como um projeto pioneiro em uma universidade pública, no
interior do Rio Grande do Sul, seguindo pelas demais fases.
A
reabilitação Cardíaca na prevenção primária
na comunidade, começou com o projeto CARDIOCOMUNIDADE, o qual foi premiado
pelo Proext-SESU em 2007, no bairro São José e bairros vinculados, com
pacientes hipertensos, diabéticos, obesos, tabagistas e com síndrome
metabólica.
Desta
forma com tantos protocolos e atendimentos gerados no HUSM, o projeto de
ensino, pesquisa e extensão em REABILITAÇÃO
CARDICA FASE I, II E III, tornou-se um PROGRAMA
denominado: REVICARDIO (PROGRAMA
MULTIDISCIPLINAR DE REABILITAÇÃO CARDÍACA SECUNDÁRIA NAS DOENÇAS
CARDIOVASCULARES), em 2007 no HUSM, fazendo parte do programa de
desenvolvimento institucional (PDI) da UFSM e no PDI do HUSM, hoje incorporado
pela EBESERH (Empresa Brasileira
de Serviços Hospitalares).
Em
2014, para dar continuidade a Fase III do HUSM, foi retomado o trabalho na
comunidade com um projeto de extensão, integrado a dez áreas de atuação, envolvidos no
atendimento globalizado do paciente de forma voluntaria: enfermeiros,
terapeutas ocupacionais, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas,
cardiologistas, arquivologistas, advogados, comunicadores (jornalistas e
publicitários) e reikianos.
Assim
surgiu o projeto CARDIOCOMUNIDADE INTEGRATIVO
FASE IV (Projeto de Reabilitação Integrativo Cardiovascular em Populações
Especiais na Comunidade - Fase IV), porem após a avaliação integrada,
verificou-se que a maioria dos pacientes
apresentavam sérios problemas de ansiedade e estresse, sendo, portanto,
encaminhados primeiramente a atendimento
psicológico, e/ou Reiki e a cinesioterapia passiva, para depois realizar as
demais atividades propostas no projeto.
PORQUE A OPÇÃO DO
REIKI, NA REABILITAÇÃO CARDÍACA (?
Em algumas culturas ou religiões define-se
Reiki como “Espírito de vida”. Sendo assim, Reiki significa “Energia Vital
Universal” (Potter, 2003). De acordo com Oschman, 2000, a energia vital
universal asseguraria o estado de saúde dos indivíduos, através da imposição
das mãos, e desta forma ativa, canaliza e equilibra o fluxo energético de
determinados pontos localizados ao longo do corpo (chakras). O autor ainda
relata que o Reiki é uma força vital e/ou uma energia espiritual inesgotável e
universal, que pode ser usado para induzir um efeito curativo.
O Reiki no
CARDIOCOMUNIDADE INTEGRATIVO FASE IV surgiu com a mestra Andrea dos Santos Leandro,
por ser reconhecido
pela Organização Mundial de Saúde (OMS), e oferecido pelo Sistema Único de
Saúde (SUS) como uma Política Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares o que possibilitou a sua integração no projeto junto a universidade
contribuindo entre outros com harmonia e equilíbrio da energia vital dos
pacientes cardiopatas.
COMO O REIKI PODE CONTRIBUIR COM O PACIENTE CORONARIOPATA?
O Reiki na RC é
uma forma de tratamento energético nos coronariopatas com ou sem doenças
associadas, que permite através do toque ou não das mãos, sobre o corpo,
canalizar energias, equilibrando, alinhando os chakras e funcionando como um canal das "energias vitais
universais". Favorecendo o bem-estar instantâneo e amenizando os sintomas
de doenças físicas e mentais ao promover: o alívio
de dores crônicas; mais saúde mental através de técnicas com respiração
e diminuição dos sintomas como estresse, ansiedade, insônia, contribuindo assim com mais tranquilidade, autoconfiança
e alegria em pacientes cardiovasculares com ou sem doenças crônicas
degenerativas. Após a aplicação do Reiki nos coronariopatas, suas atividades do
dia a dia foram realizadas com mais segurança e equilíbrio gerando esperança
para seguir em frente com a doença, mas vivê-la com saúde (Viviane Acunha).
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